Letícia Arsenio fala sobre a Parada Gamer

Vice-presidente da FERJEE explica sobre o campeonato inclusivo de VALORANT.
Créditos da imagem: Parada Gamer
Créditos da imagem: Parada Gamer

Com o objetivo de trazer visibilidade à comunidade LGBTQIAP+, a criadora de conteúdo ZIPIIH e a Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos (FERJEE), criaram a Parada Gamer, campeonato inclusivo de VALORANT. Em entrevista para o The Move, Letícia Arsenio explicou sobre o projeto.

A primeira edição da Parada Gamer começou com a disputa entre 64 equipes, no formato de eliminação simples. Os 8 melhores times se classificaram para a fase em grupos, que começa hoje (19), às 18 horas (horário de Brasília), na twitch.tv/ferjeeoficial.

A última etapa do campeonato acontecerá presencialmente no Rio de Janeiro, com entrada 100% gratuita, no dia 28 de Junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+. Quatro times disputarão o título e a premiação de R$ 12 mil. Também haverá premiação para o segundo, terceiro e quarto lugar.

O The Move conversou com Letícia Arsenio, vice-presidente da FERJEE desde 2023, para saber mais sobre o projeto e seu impacto no cenário de esports.

The Move: Como surgiu a ideia de criar um campeonato inclusivo de VALORANT?

Letícia: A ideia surgiu em uma reunião de alinhamento da comunicação com o nosso time de influenciadores, no qual a ZIPIIH faz parte. O nome “Parada Gamer” partiu de um brainstorming sobre conteúdos e ideias para federação para ser um evento no mês do orgulho LGBTQIAP+. Com um nome forte e uma ideia de consolidar o cenário inclusivo, o projeto foi se estruturando dentro da FERJEE. Isso aconteceu em meados de Abril, então tínhamos um prazo curto para executar e tirar do papel, e agora temos ele em execução!

The Move: Para você, qual a importância da Parada Gamer para o cenário inclusivo?

Letícia: O Parada Gamer, pra mim, já nasce sendo histórico para o cenário inclusivo e também para a FERJEE. Foi um projeto desenhado e adaptado em conjunto por nós e pela própria comunidade do cenário, por isso o lema “Feito pela comunidade para a comunidade”. Dentro do regulamento, colocamos detalhes que não foram contemplados até então para o cenário inclusivo de VALORANT e acredito que de nenhuma modalidade, como a inclusão de outras pessoas marginalizadas do cenário competitivo que vão além de "mulheres e não bináries", como homens trans e genderfluid, por exemplo. A gente espera que seja uma cláusula adotada por outros campeonatos, independente da modalidade, e que possamos incluir e profissionalizar ainda mais esses players. Sendo um projeto de longo prazo, conjecturar um calendário competitivo e robusto, com premiações significativas, acaba elevando o nível das competições para que, no futuro, possamos ter campeonatos efetivamente mistos.

The Move: Como a Parada Gamer pode impactar a comunidade que acompanha o cenário de esports?

Letícia: Estamos organizando um campeonato inclusivo, com finais presenciais abertas ao público e totalmente gratuito para jogadores e espectadores. Nos esports, iniciativas pioneiras costumam inspirar outros eventos. Queremos oferecer grandes espetáculos e campeonatos que conectem a comunidade como um todo. Isso nos dá esperança para que futuros torneios sigam esse modelo. Além disso, é uma oportunidade de mostrar um público consumidor forte e engajado.

The Move: Quais são suas expectativas para o campeonato?

Letícia: Na verdade, elas já foram superadas no dia do anúncio, quando recebemos uma adesão muito forte pela comunidade gamer, com grandes nomes repostando e falando sobre o campeonato. Daqui para a frente, minhas expectativas estão voltadas para as Watch Parties que serão realizadas durante o Closed e a Grande Final, ver a comunidade torcer pelos seus times e ter um momento com seus streamers favoritos. A comunidade sempre vai ser o foco da minha expectativa porque foi pra ela que construímos esse projeto.

The Move: Vocês pensam em dar continuidade para esse projeto e ter outras edições?

Letícia: A Parada Gamer nasceu já pensando na próxima edição. Nesta primeira edição, realizamos uma versão piloto do projeto original. Para o próximo ano, planejamos adicionar mais modalidades, transformar a grande final em um espetáculo ainda maior e construir um calendário cada vez mais estruturado.

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