Qual a importância de um time inclusivo em campeonatos tier 1?

Thayla “Ty” Grigorio e Adriele “Dri” Cordeiro, do setor de Diversidade, Equidade e Inclusão da FURIA, abordam sobre a participação da Imperial Fe no IEM Katowice 2025.
Créditos da imagem: HLTV
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O cenário competitivo de Counter-Strike (CS) sempre foi dominado por equipes masculinas, refletindo uma realidade mais ampla do mundo dos esports, no qual a presença feminina, embora crescente, ainda enfrenta barreiras significativas. No entanto, o ano de 2025 marcou um momento histórico: a equipe feminina da Imperial participou de dois dos mais prestigiados torneios de Tier 1 do mundo neste início de ano, a Blast Bounty Spring 2025 e a IEM Katowice ao lado das melhores equipes. Esse feito premiou a habilidade e dedicação das jogadoras e também redefiniu as expectativas sobre o papel das mulheres no cenário competitivo.

A participação da Imperial Fe no IEM Katowice 2025 não foi apenas simbólica; foi uma demonstração prática de que o talento e a excelência no jogo não têm gênero. Em um cenário gamer majoritariamente masculino, a equipe feminina mostrou que o Counter-Strike pode ser jogado em pé de igualdade, independentemente de quem está por trás do teclado e do mouse. O time feminino provou que a habilidade estratégica, a precisão e o trabalho em equipe são universais.

Vale lembrar que a equipe feminina da FURIA também poderia disputar o campeonato, pois estava em 24ª colocação no Ranking da Valve. Porém, devido às regras da competição, o time não pode participar pois somente uma line poderia representar a FURIA.

A rivalidade entre as equipes inclusivas FURIA x Imperial ficou apenas no servidor. Ambos os times estão fazendo história no cenário competitivo e, em forma de apoio, as panteras comemoraram a presença da Imperial Fe nos campeonatos que, antes, tinham 100% das vagas de jogadores ocupadas por homens:

O jogo Imperial Fe x FURIA na IEM Katowice foi sensacional de assistir. Na primeira rodada a equipe de Ana “ANa” Dumbravă teve uma recuperação fantástica de um placar que estava 11 a 3 para a FURIA, chegando a virar em determinado momento para 12 a 11. A FURIA saiu vitoriosa da partida, mas as meninas da Imperial Fe tiveram seu brilho, mostrando que o jogo pode ser de igual para igual e o que parece ser impossível, é possível.

Com essa participação, o time inclusivo da Imperial está reescrevendo as regras do jogo. Deixando claro a força e a capacidade das mulheres de ocuparem espaços que antes eram considerados exclusivos. O impacto desse movimento será sentido por anos no mundo dos esports. A Imperial Fe não é apenas uma equipe, neste contexto ela se torna uma força de mudança, representando um futuro no qual o gênero não define limites para o sucesso. Elas não apenas competiram, mas inspiraram muitas pessoas a desafiarem suas barreiras.

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