arT critica FURIA; Akkari comenta

Co-CEO da organização responde dúvidas da comunidade após polêmica live do ídolo.
Créditos da imagem: Stephanie Lindgren/ESL
Créditos da imagem: Stephanie Lindgren/ESL

Andrei "arT" Piovezan, em uma live em seu canal da Twitch na noite do dia 16, contou diversas histórias sobre sua passagem pela FURIA de 2018 a 2024. Algumas das falas causou polêmica e levou torcedores a contestar os métodos da organização. 

A postura da FURIA é a de que críticas e discordâncias são parte do mundo competitivo. No entanto, André Akkari, Co-CEO da FURIA, concordou em pessoalmente comentar os pontos que mais repercutiram do desabafo de arT após ser movido à reserva do time

A seguir, as respostas de Akkari na íntegra:

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The Move: DitaFURIA? Não pode beber, fumar nem ver a namorada?

André Akkari: Poxa, até pouco tempo atrás estávamos sendo acusados de ser o time das "férias", agora virou ditadura? [risos] Brincadeiras à parte, o arT estava muito perto da verdade absoluta na sua fala. Buscamos não ter aproximação com a família e namorada em bootcamps e campeonatos, ou pelo menos eramos mais radiciais quanto a isso. Algumas vezes são abertas exceções dependendo do evento e local, mas na maioria a política ainda é esta mesmo. Fora de bootcamp e campeonatos, a vida é mais perto do normal para atletas.

No passado fomos mais radicais por faltar um equilíbrio nos atletas, no nosso modo de ver. À medida que os relacionamentos dos atletas e dos profissionais se tornaram mais maduros, não tivemos mais problemas, tanto é que em todos os últimos Majors as namoradas e familia estiveram presentes, só sem acesso aos ambientes de performance. Isso não altera o fato que, quando queremos mais foco, não permitimos namoradas e família em bootcamps e campeonatos específicos. Todos os clubes do mundo possuem suas políticas.

Quanto a beber e fumar, poxa [risos], creio que seja padrão para atletas de qualquer modalidade. Isto é um papo que atleta nem levanta. Mesmo assim, entendo que muitos jogadores de CS ficam bem insatisfeitos com políticas de performance. Mas de verdade, acho que ainda somos muito menos radicais do que clubes de esportes tradicionais. Para alguns jogadores, qualquer tipo de restrição é vista como negativa, acordar cedo, dieta, exercícios físicos, mas para outros isto pode ser visto como oportunidade.

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The Move: E sobre as falas do arT que várias brigas existiram dentro do grupo?

Akkari: Mais uma vez arT está correto. Existiram sim, e é normal que aconteçam. Quando se juntam doentes por competicão sempre há embates, discussões, as vezes até acentuadas, mas é este o ambiente de alta performance em todos os clubes do planeta. Na FURIA não seria diferente. Eu mesmo presenciei várias discussões, mas sempre no ímpeto de buscar acertar, evoluir, conquistar. 

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The Move: 1 ano sem ver a mãe. Como assim?

Akkari: Eu não acho que o arT quis dizer que a FURIA não deixou ele ver a mãe, o que em nenhuma hipótese seria verdade, ele quis dizer que estava muito longe da mãe, principalmente na epoca da pandemia, que era o certo no momento do COVID, e que somado a isso, as restrições em bootcamps e campeonatos da FURIA o irritavam bastante. Acho que ele está certo, se estava irrritado, faz parte mesmo, mas é assim que acreditamos que a banda deve tocar para o futuro dele próprio, sucesso profissional, etc. Porém, em viagens, várias exceções já foram abertas. Isso não muda o fato que muitas vezes vários atletas se irritam, é normal da idade e da profissão, todos os esportes profissionais passam por isto. Tentamos elevar o nível, e acho que a torcida gosta desta postura.

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The Move: Obrigaram o KSCERATO a ser vegano?

Akkari: Po aí não. [risos] O KS que começou com esta história de não comer carne, ficávamos jogando poker na minha casa semanalmente e o KS não joga poker, não comia carne, não bebia, o homem é um santo. Eu tentei apenas não comer carne, mas já fui de base o ano passado. [risos] Acabei voltando a comer, fui fraco!

Sempre debati com o arT e com os meninos uma política de saúde melhor, mas sempre no âmbito da resenha, da amizade, nunca forcei ninguém a nada, uma parada mais paternal do que profissional em si. Eu também tento ser melhor e as vezes não consigo. Mas mais uma vez, não acho que ele quis dizer que forcei alguém.

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The Move: Você kickou o HEN1 e falou pra todo mundo que ele queria sair?

Akkari: Este talvez tenha sido o ponto mais importante, não que eu acredite que o arT mentiu, mas talvez não soubesse de fato da informação. Sim, o HEN1 em Mangaratiba, Rio de Janeiro, me chamou para uma conversa pessoal pedindo para por favor liberar ele para jogar com o Lucas. Nós não somente liberamos como ainda facilitamos financeiramente a saída dele.

Se o HEN1 tinha mais motivações, ou insatisfações que o levaram a isso, não tenho como saber, mas o fato gerador da saída foi o pedido dele sem nenhuma dúvida, até postagens do próprio HEN1 confirmam isso. O HEN1 não somente é uma das melhores pessoas que já passou na FURIA como até hoje temos um relacionamento fantástico. Hoje pela manhã demos risada no Whatsapp sobre o ocorrido. Ainda brinquei com ele para não perder o foco porque tem competição amanhã, mas ir devagar com a FURIA no Rio por favor!

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