A participação das equipes brasileiras FURIA FC e g3x FC na Kings World Cup, torneio de Futebol 7 disputado no méxico com times de todo o mundo, foi um grande sucesso de audiência e engajamento. Comandados por entidades ligadas aos esports, ambos os times furaram a bolha do competitivo eletrônico e levaram FURIA e Gaulês para novas audiências que estão acostumadas com o tradicional jogo de futebol - mesmo que com regras que tornam a partida ainda mais imprevisível.
Um dos fundadores da FURIA, Cris Guedes, atuou como um dos diretores do projeto da organização na Kings World Cup. Ele falou com o The Move sobre suas impressões e vivências no projeto, bem como fez projeções sobre sua continuidade.
“A Kings World Cup abriu uma porta para evolução do Futebol 7", disse Cris sobre os paradigmas que a competição conseguiu superar, “aqui no Brasil era uma modalidade que já existia porém não era bem aproveitada, na minha opinião. A gente tem diversos talentos aqui, e conseguimos, tanto FURIA quanto g3x, levar os melhores para lá. Acho que foi uma barreira que a gente conseguiu quebrar de uma forma incrível para a evolução de fato do Futebol 7 brasileiro".
É uma junção de futebol com uma parte gameficada, eu acho que tem tudo para crescer e a gente de fato conseguir dar o valor para a categoria e para os atletas.Cris Guedes, Co-Fundador da FURIA, sobre a Kings League.
Dado o sucesso do projeto e a recente criação da FURIA FC, uma pergunta fica óbvia: qual é o destino do time? Cris Guedes foi categórico em sua resposta: “Posso garantir que sim, a FURIA vai continuar na modalidade".
“A gente não sabe ainda quais campeonatos vamos disputar, mas esperamos que aconteça a Kings League Brasil. O formato criado pelo [Gerard] Piqué [criador da Kings League] já é um sucesso internacional e deu seu cartão de visita no Brasil com a Kings World Cup, então a gente está muito na expectativa de que logo seja anunciada a Kings do Brasil e que a FURIA esteja na disputa".
Dada a confirmação da continuidade na modalidade, o The Move também perguntou sobre a manutenção do time e da estrutura. “A gente vai sim tentar melhorar o time", respondeu Cris, “vamos sempre mirar voos altos, chegar novamente em mundiais e chegar bem. E com certeza vamos dar toda a estrutura que for preciso para profissionalizar ainda mais o excelente trabalho que já foi feito no México. Evolução e melhoria contínua fazem parte do DNA da FURIA".
Posso garantir que sim, a FURIA vai continuar na modalidade.Cris Guedes, Co-Fundador da FURIA sobre o projeto de Futebol 7.
Para finalizar a entrevista, Cris contou os bastidores de como foi o final da participação da FURIA na Kings World Cup 2024, quando a equipe caiu diante da g3x FC, e o sentimento que surgiu a partir dali:
“Logo após a eliminação, aconteceu um momento bem especial para mim. Nós nos unimos ali, em luto, no começo a gente achou que tudo tinha ido por água abaixo. Mas, no final daquele momento, acabou que na verdade o time se animou ainda mais e viu que aquilo era só o começo. Então todo mundo ali se abraçou, rezou e olhou para o futuro", contou Cris.
“Óbvio, não tivemos êxito no objetivo que era o título, mas olhamos com bons olhos o futuro, a oportunidade e tudo aquilo que a gente estava vivendo. Então foi um momento muito especial para mim, porque aconteceu o que se espera quando se fala de grupo e de família. Estávamos ali unidos por um objetivo só, pena que infelizmente não tivemos êxito, mas o grupo só se fortaleceu. Isso foi bem especial para mim porque, em questão do trabalho, naquele momento percebi que conseguimos implementar o pensamento FURIA e desenvolver o espírito que queríamos".